tag:blogger.com,1999:blog-8831973022796497822024-02-19T01:06:44.494-08:00Ezio GarbellottoEzio Garbellottohttp://www.blogger.com/profile/11997357008084443454noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-883197302279649782.post-56253340508941351982010-11-08T08:58:00.000-08:002010-11-18T13:52:53.328-08:00Recuperação das áreas degradadas pelo carvão<div style="text-align: justify;"><b>Ezio Garbellotto</b></div><div style="text-align: justify;"><b>E.E.B. HENRIQUE FONTES - Tubarão/SC.</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Ensino médio</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Todos os professores.</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Problemática: </b>Degradação causada pelo carvão.</div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Tema:</b> Recuperação das áreas degradadas pelo carvão na cidade de Capivari de Baixo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Objetivos:</b> </div><div style="text-align: justify;"></div><ul><li>Verificar as regiões com maior índice de áreas degradadas;</li>
<li>Identificar os efeitos causados pelo material piritoso ao meio ambiente;</li>
<li>Sensibilizar a comunidade local para a importância da recuperação das áreas degradadas.</li>
</ul><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Conteúdos: </b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">*<b><span style="font-family: Arial,Helvetica;"> Problemas Sócio-Ambientais da Mineração de Carvão em Santa Catarina</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">A perda da qualidade sócio-ambiental na Região Sul do Estado de Santa Catarina está caracterizada por um conjunto de impactos destrutivos sobre o meio biofísico e as culturas, no quadro econômico unidimensional e de um estilo de <i>"mal desenvolvimento"</i> regional (Milioli, 1995:33).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">O Estado de Santa Catarina representa cerca de 1,1% do território nacional brasileiro e concentra 3,0% de sua população, que equivale a 95.985 km<sup>2</sup> e aproximadamente 4, 4 milhões de habitantes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">A Região Sul de Santa Catarina, especificamente, é composta por 34 municípios. Tem uma extensão de 9.955,3 km<sup>2</sup>, o que corresponde a 9,95% da superfície do Estado, sendo sua população estimada em aproximadamente 800.000 habitantes. O Mapa 6 apresenta a distribuição e localização dos municípios do sul do Estado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Historicamente, o modelo extrativo, ao privilegiar no tempo e no espaço os aspectos econômicos imediatistas, não percebeu de maneira integrada a perspectiva dos reflexos dos custos sociais e ambientais e as dissipações destes sistemas, que atualmente atingem dimensões preocupantes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Até o processo de mecanização e de incremento tecnológico, advindos com intensidade principalmente a partir da década de 70, conforme discutidos no item 8.2 deste Capítulo, a mineração de carvão praticada através do precário método manual não proporcionava perigos alarmantes quanto aos prejuízos da dinâmica social, de desenvolvimento e da natureza. Ao processo extrativo, seleção do material realizado na própria unidade de produção, transporte e armazenagem dos rejeitos não acompanhava, ainda, o que viria a se constituir, nos anos seguintes, um dos principais fatores de conflitos para a região.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica;">*<b>E</b></span><span style="font-family: Arial,Helvetica;"><b>STADO DE SANTA CATARINA E LOCALIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO CARBONÍFERA - AMREC </b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica;"><b>Fonte: NUPESE/UNESC, FATMA, JICA. </b><i><b>Estudo de Custo-Benefício para Recuperação de Áreas Degradadas pela Mineração do Carvão em Santa Catarina</b></i><b>, 1997:22.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica;"><b><br />
</b></span></div><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;"></span> <span style="font-family: Arial,Helvetica;"></span><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Com a introdução de novas tecnologias, lavras com métodos mecanizados e as políticas governamentais para o setor, a região passa a experimentar um novo desenho em sua estrutura sistêmica. Isso porque, ao volume de extração do mineral pré-lavado, que chega a 70 milhões de toneladas de 1920 até hoje (Volpato, 1989:64-65), acompanharam dissipações ecológicas e sócio-econômicas incontroláveis. E, pode-se supor, numa perspectiva pessimista, irreversível quando pensados seus efeitos cumulativos em escalas temporal de curto, médio e longo prazos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">A preocupação com a questão ganhou destaque nacional no ano de 1980, quando um Decreto governamental de n.º 85.206 enquadrava a região como a 14.<sup>ª</sup> Área Crítica Nacional, colocando, definitivamente, a amplitude do problema a ser enfrentado pelo conjunto de atribuições de âmbito social, político-institucional e empresarial.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Devido à intensificação do processo produtivo - método de lavra, beneficiamento, transporte, depósito de rejeitos, uso e transformação - a região apresenta, hoje, um significativo número de áreas destruídas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Na região da AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera), oito municípios estão diretamente vinculados e afetados pela economia do carvão. Influência preocupante encontra-se também no município de Capivari de Baixo e entorno. Este, pertencente à AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna), tem sido afetado pela presença das unidades de produção da Usina Termelétrica Jorge Lacerda. A Figura 19 oferece uma idéia da localização da Usina e sua abrangência.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">*</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial,Helvetica;"> <b><span class="Apple-style-span" style="color: black;">Termoelétrica Jorge Lacerda</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Nestes municípios, que compõem uma área total de 801.320 ha, o grau impactante atinge uma área de 4.000 ha, sendo que deste conjunto, aproximadamente 3.700 ha são decorrentes diretamente da prática de extração a céu aberto. Dentre estes municípios, pela ordem do grau de áreas afetadas, os municípios de Siderópolis, Urussanga, Lauro Müller e Criciúma assumem posição de liderança (FATMA, 1983:23-27; Milioli, 1995:36-37; Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina - FATMA, Japan Internation Cooperation Agency - JICA 1997:45-47). O Mapa 7 indica as áreas degradadas distribuídas pelos municípios da região.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Como a recuperação do carvão extraído em Santa Catarina é somente da ordem de 25%, cerca de 75 % constituem-se de rejeitos piritosos que são depositados em áreas próximas às unidades produtivas, de beneficiamento, das áreas suburbanas e periféricas, próximo às margens dos rios e rodovias. Nestas áreas, observa-se a emergência de paisagens pobres e feias, com características inférteis e estéreis. Sua gradativa transformação, de irregularidades espaciais e geográficas, similares também a pequenas montanhas, possuem no ambiente regional um neologismo conhecido como deserto negro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Em decorrência desta realidade, que vem atropelando a vocação tradicional da área calcada no setor agrícola, nas ultimas décadas a região vem sofrendo gradativo comprometimento de seu setor agrícola. Marcadas pela dominância das culturas de arroz, fumo, milho, batata, entre outras, os agricultores tentam resistir às brutais conseqüências da economia extrativista, especialmente à redução alarmante de áreas aptas para o plantio.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica;">Porém, quanto aos solos da região, os agravantes ultrapassam sua mera conformação. A subsidiência é também um fator emergente a ser controlado. As áreas mais prejudicadas são as localizadas próximo às lavras de subsolo, marcadas por galerias subterrâneas sustentadas por pilares, que são retirados após o abandono das frentes para a recuperação das camadas. Não raro acontecem rachaduras e desabamentos de casas, com rebaixamentos e crateras em solo anteriormente firme e plano. Estas alterações topográficas têm feição particular e ameaçadora no município de Criciúma, uma vez que seu centro urbano se desenvolve sobre galerias lavradas ou em processo de exploração (Milioli, 1995:41). Além disso, este fato pode refletir na superfície, proporcionando influências negativas, infiltração e secagem em cursos d'água, açudes e poços (Gothe, 1993:40). A Figura 20 mostra a ocorrência de uma mina abandonada.</span></div><br />
<b>Disciplinas envolvidas: <span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">Química, Física, Matemática, Biologia, etc.</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br />
</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><b>Metodologia: </b>Pesquisas na internet, Google Earth.</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br />
</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><b>Cronograma:</b> 1 bimestre.</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br />
</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><b>Recursos Tecnológicos:</b> Computador conectado à internet e data show.</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br />
</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><b>Registro do processo: </b>Blog e fotos.</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br />
</span></b><br />
<b>Resultados esperados:</b> conscientizar os alunos e sociedade do problema causados ao solo devido ao mau condicionamento do carvão e seus rejeitos piritosos.<b> </b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Bibliografia: </b><br />
Site: <a href="http://www.eps.ufsc.br/teses99/milioli/cap8a.html">http://www.eps.ufsc.br/teses99/milioli/cap8a.html</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1OZgevjK0HljeQoEfbLroMN9wftQ_OT-eqeK89EDzRMB5wup3EQ25aaFflCOX5E-_oxOKFNgQg6RJaDS6DyVXQ-wqhzNp4NIX9gh_2y2sQy35bvlAkbGSgPc0VkGYtxTU7f-Bddfgcrib/s1600/carvao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1OZgevjK0HljeQoEfbLroMN9wftQ_OT-eqeK89EDzRMB5wup3EQ25aaFflCOX5E-_oxOKFNgQg6RJaDS6DyVXQ-wqhzNp4NIX9gh_2y2sQy35bvlAkbGSgPc0VkGYtxTU7f-Bddfgcrib/s320/carvao.jpg" width="320" /></a></div>Ezio Garbellottohttp://www.blogger.com/profile/11997357008084443454noreply@blogger.com2